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Desde os primórdios do BIM, uma das premissas levantadas foi que a metodologia não existiria sem a devida colaboração, sem a participação de todos os entes envolvidos no mesmo. Várias pesquisas tiveram seu material lançado que buscavam explicar (ou até mesmo normatizar) os diversos níveis de colaboração necessários para se desenvolver um fluxo BIM adequado, sendo que a mais conhecida foi a lançada pelos arquitetos da NBS – National British Standards – Mark Brew e Mervyn Richards em 2016, onde associam os fluxos de trabalho com os níveis de maturidade BIM das equipes.

Antes de continuar, realizamos um webinar sobre a autoria de projetos de engenharia em nuvem que você pode conferir aqui:

 

 

 

Visão Geral

 

 

De acordo com o entendimento deles, existem quatro fluxos de trabalho necessários para falarmos de BIM, sendo que o primeiro deles é o nível 0 (zero), ou seja, fluxos desenvolvidos que utilizam muito softwares gráficos ainda, que o produto é feito com linhas, arcos, textos e objetos sem nenhuma inteligência (informação) agregada.

Com o passar dos anos, as exigências técnicas das construções também fizeram com que os fluxos de projeto exigissem mais de suas ferramentas, surgindo os dois próximos níveis, onde o nível 1 (hum) trata de equipes separadas desenvolvendo seus projetos com o uso de ferramentas paramétricas, e o nível 2 (dois) quando foram dados os primeiros passos na federação destes modelos para um primeiro princípio de colaboração.

Apesar dos fluxos de trabalho em nível 2 já trazer muitos benefícios, várias dificuldades na troca dos arquivos – que se tornaram muito grandes, devido à quantidade de informação incluída – e na rastreabilidade da comunicação entre os envolvidos, foi necessária mais uma evolução neste processo de trabalho: o Ambiente Comum de Dados – ACD (ou Common Data Evironment – CDE, em inglês). Por princípio, trabalhar em um CDE nos possibilita o exercício da verdadeira colaboração, aquela imaginada nos primórdios dos estudos em BIM.

 

Webinar muito pertinente sobre o assunto: "Como montar um Plano de Execução BIM (BEP) com as soluções Autodesk" →

 

Autodesk Construction Cloud

 

A Autodesk Construction Cloud – ACC – é um CDE que possui diversos benefícios, como:

• Armazenamento ilimitado, sem necessária contratação de storage adicional;
• Conexão fluida entre projeto e obra, possibilitando o acesso aos autores dos projetos a quaisquer ambientes que forem convidados através do BYOS – Bring You Own Subscription;
• Controle de acesso aos documentos e versionamento automático dos mesmos;
• Fluxos customizáveis de aprovação de documentos;
• Conjunto de ferramentas de mark-ups para revisão em documentos 2D;
• Suporte a formatos 2D e 3D, sem necessidade do software instalado na máquina;
• Rastreamento centralizado, com comunicação de não-conformidades e problemas encontrados, atribuindo datas e responsáveis pela resolução destes;
• Integração desktop/nuvem direta com AutoCAD e Revit, através da ferramenta Desktop Connector;
• Dashboard executivo baseado em dados de monitoramento e análise (Insight).

A ACC possui cinco soluções que procuram abarcar todas as etapas de projetos e obras, sendo elas:

• Autodesk Docs;
• BIM Collaborate;
• BIM Collaborate Pro;
• Autodesk Takeoff;
• Autodesk Build.

 

A ACC (Autodesk Construction Cloud) teve mudanças recentes e fizemos um EAD com as atualizações →

 

 

BIM Collaborate Pro

 

Neste webinar que comentei, procuramos nos ater nas ferramentas BIM Collaborate e BIM Collaborate Pro, que são as soluções que possibilitam autoria de projetos na nuvem, utilizando os softwares Autodesk Revit, Autodesk Civil 3D e Autodesk AutoCAD Plant 3D.

 

Assista o webinar gravado "Compartilhando a Autoria de Projetos de Engenharia em Nuvem" →

 

Com o BIM Collaborate Pro é possível colaborar no Revit com qualquer pessoa, trabalhando num mesmo modelo ao mesmo tempo, amplificando o recurso desde sempre nativo no Revit de Worksharing desenvolvido localmente, agora de qualquer lugar e com segurança da nuvem, podendo visualizar um modelo de projeto agregado diretamente no navegador. Sincronize as mudanças em tempo real, publique quando estiver tudo pronto.

Equipes que utilizam o Autodesk Civil 3D poderão centralizar seus arquivos em um único lugar, colaborando a qualquer momento e de qualquer lugar, com segurança. Centralize os arquivos do Civil 3D em um único local para manter as equipes atualizadas, visualizando as alterações do projeto para ver seu impacto.

Para os usuários do AutoCAD Plant 3D, permita a colaboração eficiente, garantindo que as equipes tenham acesso aos dados certos, otimizando processos de revisão, além de uma visão do andamento do projeto, com as ferramentas de coordenação de modelos e detecção de interferências automática sempre disponíveis.

Ou seja, quem desenvolve a autoria dos projetos, necessita colaborar com sua equipe em nuvem através do Revit, Civil 3D e AutoCAD Plant 3D, o BIM Collaborate Pro é a solução em nuvem indicada, garantindo acesso a todos os envolvidos à última informação publicada, num único centro da verdade.

Para quem faz a gestão dos projetos, pode também utilizar apenas o seu navegador preferido para verificar as últimas publicações e pacotes de documentos disponibilizados pelas equipes numa linha do tempo interativa, fazendo a comparação entre o que mudou entre as versões.

 

 

Também é possível um passeio virtual no Hypermodel, caminhando por lugares onde a compreensão do projeto se tornou bem desafiadora, explorando o modelo em 3D e, ao mesmo tempo, vendo sua localização em uma folha 2D, melhorando seu entendimento e deixando clara as intenções, inclusive para os não-técnicos.

 

 

Usar espaços de coordenação para detectar automaticamente interferências entre modelos é algo que otimiza e muito todo o processo projetual, possibilitando que os responsáveis pela gestão façam a verificação de interferências on-time, a partir dos últimos modelos publicados por seus autores.

Com a ferramenta de Clashes, você pode verificar em uma tabela matriz, quantos problemas existem que devem ser revisados entre os modelos.

 

Como a ferramenta Clash Detection funciona nas diferentes soluções Autodesk que está presente →

 

 

Ao selecionar quais os primeiros a serem abordados, você entra em um ambiente onde são listados cada um dos problemas e, uma vez selecionado, a ferramenta realça o local, possibilitando uma análise bastante clara das colisões.

 

 

Ao encontrar um conflito, você tem duas opções: ignorá-lo, confirmando que não se trata de um problema, ou resolvê-lo, abrindo um problema para a equipe analisar e solucionar.

 

 

Ao apontar o problema, verifique o status do mesmo em um ambiente centralizado, onde possa encontrar em qual estágio está o desenvolvimento de cada.

 

 

É possível também criar vistas específicas para as reuniões recorrentes de coordenação, ilustrando claramente os objetivos das conversas, fazendo com que dois ou mais profissionais resolvam os conflitos ou alterações necessárias durante as fases de projeto, e não mais após as entregas (que deveriam ser) finais destes.

 

 

No espaço de reuniões, pode-se atribuir um problema a determinado participante, com data para sua resolução e materiais relacionados para servir de base para os projetos, como fotos, plantas ou quaisquer documentos cadastrados no projeto.

 

 

Sem falar da possibilidade de reuniões de acompanhamento, verificando se os pontos anteriormente levantados foram sanados.

 

Conclusão

 

Vimos então que, com o advento de tecnologias de Ambiente Comum de Dados é possível colocarmos em prática os fluxos idealizados de colaboração de projetos, centralizando as informações, mantendo a rastreabilidade das comunicações em uma única fonte da verdade.

Como o Ambiente Comum de Dados da Autodesk, a Autodesk Construction Cloud, os fluxos de trabalho são lineares, sem perdas de informação ao longo de todas as etapas de projetos e obra. Com o BIM Collaborate Pro, o emprego do fluxo de trabalho BIM se torna possível, antecipando as etapas de projeto para o início do desenvolvimento, como disse MACLEAMY (2004), pois é nas etapas preliminares de projeto onde as principais decisões que impactam nas obras são tomadas.

 

 

Com isso em mente, é possível numa cadeia onde os envolvidos desenvolvem os seus projetos utilizando tecnologias Autodesk, de anteciparmos as chamadas bases de complementares para serem emitidas logo nas etapas preliminares, possibilitando o desenvolvimento em conjunto de todas as especialidades concomitantemente.

 

 

Além de possibilitar o acompanhamento da equipe de coordenação de projetos ao apontar os problemas a serem sanados, indicando quais especialistas devem trabalhar juntos efetivamente na busca da solução.

Ao final desta etapa, temos o objeto fim – o edifício, não os projetos – resolvido, analisado e verificado, o edifício construído virtualmente, como foi assim definido o fluxo BIM no início da década de 1980, possibilitando um único desenvolvimento da documentação de projetos, que será liberada para a obra, mas desta vez, sem o tradicional retorno às pranchetas.

Dúvidas, interesse ou gostaria de uma apresentação técnica exclusiva para sua empresa? Entre em contato conosco, estamos à disposição e te aguardando!