Vem ano e passa ano, o Brasil continua sofrendo com as chuvas que todo verão testam o sistema de drenagem de cidades por todo o país. Com o agravamento do aquecimento global, essas chuvas vêm batendo recordes históricos em volume, tanto na sua incidência quanto no seu acumulado. Isso acentua a necessidade de estudos hidrológicos e sistemas de drenagem com maior assertividade nas soluções projetadas.
Este artigo foi escrito pela MAPData com o intuito de complementar o material que apresentamos no webinar “Fluxo BIM para drenagem e estudos hidrológicos”. Se quiser assistir, clique no botão com a gravação!
Continue lendo que não para por aqui.
Introdução
Felizmente, com o avanço dos anos, o BIM vem capitaneando o novo modelo de como se fazer projetos e há mais de uma década, seus usuários vêm colhendo os frutos por adotá-lo. A velocidade, assertividade e qualidade acaba por destacar as empresas que o utilizam, bem como os usuários que manuseiam suas ferramentas, cada vez mais qualificadas para as demandas.
Porém quando se inicia em novas ferramentas, é muito importante aprender o fluxo de trabalho para que não descubra que perdeu tempo desenvolvendo um projeto, pois faltou inserir premissas importantes no início, por exemplo. A aprendizagem de ferramentas BIM não poderia ser diferente, pois BIM é “Modelagem de Informação da Construção”. Não podemos menosprezar a palavra “Informação”.
Por conta disso, é necessário compreender quais são as informações importantes que devem ser inseridas no decorrer do projeto, quais as bibliotecas que devem ser escolhidas e até mesmo o método de cálculo ou dimensionamento que será adotado. Todas essas informações serão inseridas em algum momento do processo e devemos enfatizar que o fluxo de trabalho eficiente é um dos passos necessários para dominar a ferramenta.
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Autodesk Civil 3D
Quando se fala em ferramentas de projeto de drenagem e estudos hidrológicos, umas das ferramentas mais requisitadas do mercado é, sem dúvidas, o Autodesk Civil 3D.
Em um ambiente muito familiar aos usuários de AutoCAD, a solução possui diversos comandos que os engenheiros e projetistas poderão desenvolver seu projeto de maneira muito eficiente. Como? Seguindo esses passos:
1 – Premissas de projeto
No Civil 3D, é possível configurar todas as suas premissas de forma que seu projeto será desenvolvido de maneira rápida e dentro de suas expectativas. Além disso, é possível realizar todo projeto conceitual no Autodesk Infraworks e depois exportá-lo para o Civil 3D. Você encontra ambas soluções na Architecture, Engineering & Construction Collection.
Voltando ao Civil 3D, o software permite que você configure diversas regras, como: recobrimento máximo e mínimo, declividade máxima e mínima, comprimento máximo e mínimo de um tubo, entre outras. Então quando iniciar o traçado do seu sistema de drenagem, os equipamentos e os tubos utilizados já estarão obedecendo essas regras.
Caso por alguma particularidade do projeto, o software precise fazer algo fora das regras, o programa irá demarcar que o trecho estará fora das premissas, permitindo que se tome a decisão que for mais prudente.
Além disso, quando falamos dos equipamentos e tubos, estamos falando da biblioteca que o programa tem destes itens, por exemplo, poço de visita, boca de lobo, tubos de diversos diâmetros e materiais, entre outros. Tudo isso de forma editável para que cada projeto desenvolvido esteja de acordo com o projeto que será implantado no local. Caso não tenha o material ou equipamento na biblioteca, você poderá modelá-lo e depois adicioná-lo.
Tudo isso permite que, antes mesmo de você iniciar seu trabalho, o seu projeto já esteja com a assertividade necessária e modelado com qualidade, contribuindo ainda mais para que seja efetivamente eficiente.
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2 – Rede de drenagem
Supondo que você irá começar a traçar no seu projeto a sua rede de drenagem. Irá escolher o tubo e o diâmetro, as interligações através dos poços de visita, indicar as bocas de lobo, e tão logo seu projeto estará todo traçado.
No momento que precisar colocar as informações pertinentes de inclinação dos tubos, profundidade dos poços de visita e área de contribuição da microbacia, ganhará muito mais tempo utilizando o Civil 3D.
Nele, existem labels (etiquetas) que você pode pré-configurar no seu template de projeto. Assim, poderá definir as layers (camadas) onde cada elemento será inserido o estilo da linha, a linha de eixo, a grid (grade) do perfil, a cor do tubo, demais cores dos elementos na tela e na plotagem; a folha padrão de impressão, a sigla, a estaca e também as anotações que o tubo ou o poço de visita terão.
Por se tratar de um modelo tridimensional um equipamento traz informações, como a cota de topo, profundidade, comprimento e declividade dentro de suas propriedades. Então quando você insere um tubo no projeto, ele irá colocar na label as informações solicitadas.
E tem mais! Se precisar alterar a posição, a profundidade ou o comprimento, essa label irá se atualizar automaticamente e quando você inserir a rede no perfil longitudinal, irá acontecer a mesma coisa. Se precisar alterar no perfil, o traçado irá se atualizar na planta e consequentemente, a label também.
Com o Civil 3D, você irá traçar modelos tridimensionais com suas informações corretas durante todo o tempo e que serão visíveis na planta, perfis e seções, atualizadas dinamicamente e com relatórios de todos os objetos traçados.
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3 – Estudos Hidrológicos
Finalizado o seu projeto de drenagem, chega a hora de simular se o que você projetou irá atender a vazão necessária para o problema. É aí que os complementos do Civil 3D irão te auxiliar nesta tarefa.
Hoje, existem alguns programas que simularão o comportamento do seu projeto em uma chuva, demonstrando a capacidade do sistema e principalmente, sendo capaz de corrigi-lo. Assim, se determinado trecho demandar um tubo com diâmetro maior, você pode corrigir e simular novamente. Quando todo o seu sistema estiver correto, você pode exportar essas alterações para o seu projeto e ele irá atualizar automaticamente os trechos alterados.
Ferramentas como o “Storm and Sanitary Analysis” e o “Analyze Gravity Network” são totalmente configuráveis para que você possa colocar tabela de chuva fornecida por órgãos públicos, equações ou simplesmente um volume de precipitação definido pelo usuário. Dessa forma, você pode testar seu sistema quantas vezes for necessário. Além de ser possível extrair as informações dos programas e gerar planilhas ou até mesmo linhas no perfil.
Já o “River and Flood Analysis” é mais voltado para cotas de inundação, onde o programa irá calcular e hachurar até onde um canal pode inundar de acordo com um cenário de chuva. Assim, você pode dimensionar uma travessia e verificar se seu projeto atende àquela vazão.
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Conclusão
Seguindo este fluxo de trabalho, você poderá desenvolver os estudos hidrológicos e projetos de drenagem com maior eficiência e qualidade exigida, com a certeza de que a solução proposta atenderá as demandas.
E a equipe MAPData está disponível para lhe auxiliar com consultorias, treinamentos e quaisquer outros serviços para que fique satisfeito na utilização da solução e seus resultados obtidos. Conte com a gente!